«O que é que tem e o que é que não tem piada? As piadas secas estão ali na fronteira entre um e outro território.
O que é seco para uns será molhado para outros. O avaliador do humor – usando linguagem científica, o medidor do grau de humidade relativa – é quem ouve a piada e não quem a conta.
Por mim, sorri e cheguei várias vezes a rir a bandeiras despregadas ao ler o manuscrito deste livro (quem estava perto terá pensado que eu estava a ficar maluco…). […] De uma coisa estou certo, porque é ciência: se sorrirem ou rirem, será decerto bom para a vossa saúde.» Carlos Fiolhais, in Prefácio.
Um livro de um professor de Físico-Química do nosso Agrupamento, João Barbosa que já está a esgotar a 2.ª edição!
Este filme de animação digital reflete a feliz fusão entre o cinema e a ciência. Conta a história de um cão com cerca de 7.600 anos. O mais antigo esqueleto quase completo de que há registo na Península Ibérica. O seu esqueleto foi encontrado por arqueólogos no final do século XIX em Muge, Portugal. Mais recentemente foi alvo de um estudo detalhado com as mais avançadas tecnologias ao dispor: de datação por radiocarbono, de análise de isótopos, de genómica e de imagiologia, que permitiram a interpretação da sua vida e morte. Esta é uma história de zooarqueologia. "O Cão de Muge – um amigo pré-histórico” é um filme de divulgação científica que combina criatividade e beleza.
Este Dia Nacional da Cultura Científica foi criado em 1996 em Portugal. Foi escolhido o dia 24 de novembro para a sua celebração pois foi neste dia (em 1906) que nasceu Rómulo de Carvalho, o professor de Física e Química responsável pela promoção do ensino de ciência e da cultura científica em solo nacional. Rómulo de Carvalho foi também poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão.
Lágrima de Preta
Encontrei uma preta que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima para analisar.
Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterlizado.
Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente.
Madei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais.
Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes deu-me o que é costume:
nem sinais de negro nem vestígios de ógio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio.
Os nossos alunos participaram neste debate da Sessão Escolar à Sessão Nacional
BE AEA, 10.11.20
«Foi, pois, em boa hora que tomou o Senhor Deputado Porfírio Silva a iniciativa de se debruçar sobre o Programa Parlamento dos Jovens, e, em concreto, sobre a edição de 2017, dedicada, sob meu impulso, à Constituição da República Portuguesa, no rescaldo das Comemorações dos 40 anos da sua aprovação, que a Assembleia da República levou a efeito em 2016 com enorme sucesso. (…) Uma edição que colocou a Constituição no cerne dos múltiplos debates que, em todo o Continente, Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e além-fronteiras, envolveram milhares de jovens - debates com os quais o Parlamento e o Parlamento dos Jovens deram um enorme contributo para a defesa da democracia e da liberdade (que tanto custaram a conquistar). Porque para defender a democracia precisamos de conhecer os instrumentos da democracia e precisamos de conhecer os direitos e os deveres que a Constituição nos confere, e não haverá melhor escola que o Parlamento dos Jovens.»
A noite de cristal foi um assalto generalizado a lojas e as casas de judeus que ocorreu por toda a Alemanha e também na Áustria segundo um plano de ação instigado e planeado pelo próprio partido nazi no poder, nomeadamente pelo ministro Goebbels, o ministro da propaganda, e que foi levado a cabo na noite de 9 de novembro de 1938 pelas forças paramilitares nazis, as SA e as SS.
Ficou conhecida como a noite de cristal devido ao número de vidros partidos de lojas e montras que foram partidas e quebradas durante essa noite e que ficou como uma espécie de marca desse dia e dessa noite terrível. O pretexto oficial foi o assassinato de um diplomata alemão em Paris por um judeu. Tinha ocorrido uns dias antes e esse diplomata acabou por falecer precisamente nesse dia.
Mas na verdade a noite de cristal foi uma espécie de culminar de um longo processo de perseguição aos judeus que teve lugar na Alemanha e depois na Áustria e mais tarde em todos os territórios ocupados pelos nazis, e que teve o seu inicio logo após a subida ao poder de Hitler em 1933.
Inicialmente tratou-se de um primeiro conjunto de lei que impediam o acesso dos judeus ao funcionalismo publico e que cerceavam gradualmente uma série de direitos cívicos e, mais recentemente, uma perseguição mais aberta e declarada com confisco de bens, deportações para campos de concentração e expulsão do país de milhares de judeus.
É claro que as motivações ideológicas e materiais por parte dos nazis têm a ver com questões de anti-semitismo primário deste partido e, sobretudo também, uma questão puramente material de confisco de tentativa de a apropriação dos bens e das riquezas dos judeus.
E qual foi o resultado desta noite de cristal?
O balanço desta noite foi terrível: calcula-se que duas centenas de sinagogas tenham sido destruídas durante essa noite e vários milhares – cerca de 7 mil lojas judaicas tenha sido destruídas, queimadas ou danificadas de alguma forma.
Seguiu-se um processo de perseguição com prisão e deportação de várias dezenas de milhares de judeus e sobretudo um impulso de puro terror para que os restantes judeus abandonassem a Alemanha.
Uma das questões que envolve esta noite é que de facto muitos dos judeus que tentaram abandonar a Alemanha não o conseguiam fazer porque não havia pais que os acolhesse. Por exemplo a Polónia recusou-se a abrir as fronteiras aos judeus e portanto pode-se calcular a situação dramática em que estas pessoas viviam.
Há quem considere que o holocausto não começou com a abertura do campo de Auschwitz mas que teve o seu primeiro passo precisamente nesta Noite de Cristal de 9 de novembro de 1938.
O título resume na perfeição o tema e a perspectiva escolhida para o abordar. O Rock, enquanto um dos géneros musicais mais importante e, qui ça, um dos mais democráticos do século XX, é aqui descrito na sua evolução através de breves textos e muita ilustração. Destacam-se figuras, álbuns, novos estilos e avanços técnicos, essenciais à mudança. Assim, o leitor acede a nomes basilares logo nas guardas iniciais e dali segue viagem. Beatles, David Bowie, Elvis Presley, The Roling Stones ou Nirvana são apenas alguns. A primeira parte do livro organiza-se por décadas, de 1950 ao presente. Depois surgem então outros tópicos, alguns dos quais surpreendentes, como a presença de mulheres no rock. Com nomes e números comprova-se que continuam a ser uma minoria, apesar de algumas serem nomes incontornáveis do género e da música em geral. Há ainda espaço para os festivais, editoras e meios de comunicação, tecendo assim um panorama de introdução ao tema muito completo. Texto e imagem, para além de entretecerem a informação com símbolos identitários do tema, conseguem lançar alicerces básicos para que qualquer leitor possa explorar, por si próprio, o universo do rock através de vários ângulos sem perigo de uma voz única. Até, em última instância, a estratégia enumerativa permite constatar eventuais ausências que promovem novas questões. Porque não tem Madonna o destaque de P.J. Harvey, que aparece depois? Ou ter o leitor algum tipo de expectativa que não vê plasmada no livro. Seja como for, esta selecção enciclopédica para iniciantes ajudará muito e bem todos os que por ela se interessem.