Sapiens - A Origem da Humanidade, de Yuval Noah Harari
BE AEA, 24.11.20
"O primeiro volume da extraordinária adaptação ilustrada do bestseller internacional .
Há cem mil anos, caminhavam pela Terra pelo menos seis espécies diferentes de humanos. Nos dias de hoje, existe apenas uma: o Homo Sapiens. O que aconteceu aos outros? E o que nos acontecerá a nós?
Neste primeiro volume da adaptação do brilhante Sapiens: História Breve da Humanidade para novela gráfica, feita em parceria com o escritor David Vandermeulen e o ilustrador Daniel Casanave, Yuval Noah Harari conta-nos a história de um simples símio que acabaria por se tornar o rei do planeta Terra, capaz de dividir o átomo, voar até à Lua e manipular o código genético da vida.
Carregado de humor e originalidade, Sapiens: A Origem da Humanidade permite-nos assistir, em tempo real, ao primeiro encontro entre sapiens e neandertais, à extinção dos mamutes e dos tigres dentes-de-sabre, e às descobertas que acabaram por definir- -nos enquanto caso único na Natureza."
Este Dia Nacional da Cultura Científica foi criado em 1996 em Portugal. Foi escolhido o dia 24 de novembro para a sua celebração pois foi neste dia (em 1906) que nasceu Rómulo de Carvalho, o professor de Física e Química responsável pela promoção do ensino de ciência e da cultura científica em solo nacional. Rómulo de Carvalho foi também poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão.
Lágrima de Preta
Encontrei uma preta que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima para analisar.
Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterlizado.
Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente.
Madei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais.
Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes deu-me o que é costume:
nem sinais de negro nem vestígios de ógio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio.
Porque estamos a celebrar os 98 anos do nascimento de José Saramago, o nosso Prémio Nobel da Literatura, aqui fica a sugestão de uma das suas obras. Claro que poderia ser qualquer uma, pois a genialidade de Saramago manifesta-se em tudo o que nos deixou.
"Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.
Do facto histórico que foi essa oferta não abundam os testemunhos. Mas há alguns. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação de ficcionista que já nos deu obras-primas como "Memorial do Convento" ou "O Ano da Morte de Ricardo Reis", José Saramago coloca nas mãos dos leitores esta obra." In Fnac, 17/11/20
Os nossos alunos participaram neste debate da Sessão Escolar à Sessão Nacional
BE AEA, 10.11.20
«Foi, pois, em boa hora que tomou o Senhor Deputado Porfírio Silva a iniciativa de se debruçar sobre o Programa Parlamento dos Jovens, e, em concreto, sobre a edição de 2017, dedicada, sob meu impulso, à Constituição da República Portuguesa, no rescaldo das Comemorações dos 40 anos da sua aprovação, que a Assembleia da República levou a efeito em 2016 com enorme sucesso. (…) Uma edição que colocou a Constituição no cerne dos múltiplos debates que, em todo o Continente, Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e além-fronteiras, envolveram milhares de jovens - debates com os quais o Parlamento e o Parlamento dos Jovens deram um enorme contributo para a defesa da democracia e da liberdade (que tanto custaram a conquistar). Porque para defender a democracia precisamos de conhecer os instrumentos da democracia e precisamos de conhecer os direitos e os deveres que a Constituição nos confere, e não haverá melhor escola que o Parlamento dos Jovens.»
A noite de cristal foi um assalto generalizado a lojas e as casas de judeus que ocorreu por toda a Alemanha e também na Áustria segundo um plano de ação instigado e planeado pelo próprio partido nazi no poder, nomeadamente pelo ministro Goebbels, o ministro da propaganda, e que foi levado a cabo na noite de 9 de novembro de 1938 pelas forças paramilitares nazis, as SA e as SS.
Ficou conhecida como a noite de cristal devido ao número de vidros partidos de lojas e montras que foram partidas e quebradas durante essa noite e que ficou como uma espécie de marca desse dia e dessa noite terrível. O pretexto oficial foi o assassinato de um diplomata alemão em Paris por um judeu. Tinha ocorrido uns dias antes e esse diplomata acabou por falecer precisamente nesse dia.
Mas na verdade a noite de cristal foi uma espécie de culminar de um longo processo de perseguição aos judeus que teve lugar na Alemanha e depois na Áustria e mais tarde em todos os territórios ocupados pelos nazis, e que teve o seu inicio logo após a subida ao poder de Hitler em 1933.
Inicialmente tratou-se de um primeiro conjunto de lei que impediam o acesso dos judeus ao funcionalismo publico e que cerceavam gradualmente uma série de direitos cívicos e, mais recentemente, uma perseguição mais aberta e declarada com confisco de bens, deportações para campos de concentração e expulsão do país de milhares de judeus.
É claro que as motivações ideológicas e materiais por parte dos nazis têm a ver com questões de anti-semitismo primário deste partido e, sobretudo também, uma questão puramente material de confisco de tentativa de a apropriação dos bens e das riquezas dos judeus.
E qual foi o resultado desta noite de cristal?
O balanço desta noite foi terrível: calcula-se que duas centenas de sinagogas tenham sido destruídas durante essa noite e vários milhares – cerca de 7 mil lojas judaicas tenha sido destruídas, queimadas ou danificadas de alguma forma.
Seguiu-se um processo de perseguição com prisão e deportação de várias dezenas de milhares de judeus e sobretudo um impulso de puro terror para que os restantes judeus abandonassem a Alemanha.
Uma das questões que envolve esta noite é que de facto muitos dos judeus que tentaram abandonar a Alemanha não o conseguiam fazer porque não havia pais que os acolhesse. Por exemplo a Polónia recusou-se a abrir as fronteiras aos judeus e portanto pode-se calcular a situação dramática em que estas pessoas viviam.
Há quem considere que o holocausto não começou com a abertura do campo de Auschwitz mas que teve o seu primeiro passo precisamente nesta Noite de Cristal de 9 de novembro de 1938.
Estamos sempre à procura das nossas grandes crianças. Essas que começámos por ser e que se tornam paulatinamente inacessíveis, como irreais e até proibidas. Crianças que caducaram, partiram, tantas por ofensa, tantas apenas por esquecimento.»
Na vida de alguns escritores tudo parece conspirar para a inevitabilidade da escrita. Cada detalhe, por mais errático ou disfarçado de desimportante, já é a construção do fascínio pelo texto, algo que se confunde com a sobrevivência, com toda a dificuldade e alegria.
Valter Hugo Mãe, num "ano introspectivo", como diz, regressa com a história da sua própria infância e a magia profunda de crescer fazendo das palavras alimento, companhia, lugar, espera ou bocados de Deus. Este livro é uma criança às páginas. Um escritor em menino.